Baixa adesão a vacina e aglomerações colocam grupos de risco em evidência para o desenvolvimento de doenças nessa época do ano.
O dia 20 de junho marca a chegada da estação mais fria do ano. Apesar de trazer algumas tradições culturais típicas para o clima, o inverno também é responsável por um aumento nos atendimentos hospitalares devido a incidência de casos respiratórios e gripe. Em Ribeirão Preto, quase 600 internações por síndrome respiratória aguda foram registradas até maio na cidade.
No atual momento, a preocupação em conter o vírus influenza vem em conjunto com a necessidade de reforçar a importância da vacinação. Segundo dados da Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, grupos prioritários não tiveram a adesão esperada. Foram vacinados 41% dos idosos, 21% das crianças e 34% de gestantes. A vacina contra a gripe já está disponível para a população geral e recebeu mais 50 mil doses extras.
Segundo o infectologista do Hospital São Lucas, Dr. Luis Felipe Visconde (CRM: 201275/ RQE: 111506), dados do hospital já mostram os desafios de 2025. Nas últimas 4 semanas, mais de 350 atendimentos de casos respiratórios foram registrados semanalmente, totalizando uma média de 50 por dia. Os números e comportamento da curva epidemiológica reforçam a importância de investir em estratégias preventivas que possam além de proteger a população vulnerável evitar a sobrecarga e colapso dos sistemas de saúde.
“O clima frio, que favorece aglomerações e a concentração de pessoas em ambientes mais fechados, gera um contexto propício para a propagação de doenças infecciosas transmitidas por gotículas como os resfriados, COVID 19 e influenza, mais conhecida como gripe, infecção de maior preocupação nessa época do ano. É importante dizer que a gripe é diferente do resfriado. Além dos sintomas respiratórios como tosse e dor de garganta, ela provoca uma resposta inflamatória mais importante no organismo, causando dores no corpo, prostração e febre alta. Em grupos de risco como idosos, crianças e pacientes com fragilidade do sistema imunológico, a gripe pode evoluir para formas graves, predispondo a um comprometimento pulmonar significativo”, alerta o médico.
Ele também enfatiza a circulação de outro vírus, o sincial respiratório. Já conhecido por causar infecções respiratórias nas crianças, resultando em um quadro chamado bronquiolite, casos graves em idosos e adultos tem ocorrido com maior frequência, reforçando a importância na consideração de outros possíveis agentes no momento da suspeita diagnóstica e condução dos casos.
“O uso de medidas simples pode reduzir a chance de propagação do vírus da gripe. Higienização das mãos com álcool em gel e o uso de máscara em locais de grandes aglomerações são medidas importantes de prevenção. A vacinação é a estratégia mais importante para redução da propagação do vírus. Como ele sofre mudanças constantes com o passar do tempo, a vacina precisa ser atualizada anualmente. Apenas um terço do público-alvo esperado recebeu o imunizante até o momento e isso é preocupante porque, além de permitir que a cadeia de transmissão se propague, deixa vários grupos vulneráveis às formas graves da influenza suscetíveis a complicações causadas pela doença”, conclui o médico.
Sobre o Grupo São Lucas – O Grupo São Lucas de Ribeirão Preto (SP) é uma marca de tradição, qualidade e confiança em medicina de excelência há mais de 50 anos, com médicos especialistas, atendimento humanizado e estrutura própria com alta tecnologia. É composto pelo Hospital São Lucas, Hospital São Lucas Ribeirania e São Lucas Medicina Diagnóstica. O Grupo, localizado em Ribeirão Preto (SP) é administrado pela Hospital Care, uma holding de serviços de saúde formada por mais de 30 unidades entre hospitais e clínicas, em 7 cidades do país.
Bruna Martinelli 16 988651664 [email protected]